Quando se pensa em gravidez na Alemanha, muitas dúvidas costumam ser levantadas sobre os direitos de pais e gestantes, os benefícios concedidos pelo governo, e as possibilidades de licença maternidade e paternidade. Por isso, este conteúdo foi preparado para que todas as informações mais importantes sobre o tema sejam reunidas em um só lugar e possam ser facilmente compreendidas por quem está passando por esse momento.
Neste post, serão explicadas as regras relacionadas à proteção da gestante no trabalho, ao período de afastamento obrigatório antes e após o parto, às diferenças entre Mutterschutz e Elternzeit, e aos direitos que devem ser respeitados pelos empregadores. Também será mostrado como o auxílio financeiro é calculado, quem tem direito ao Mutterschaftsgeld e ao Elterngeld, e de que forma esses valores podem ser solicitados junto ao seguro de saúde e ao Estado.
Além disso, será esclarecido como o apoio de familiares vindos do Brasil pode ser solicitado legalmente, por meio de vistos de ajuda humanitária, e de que forma a assistência doméstica pode ser financiada em casos de gravidez de risco.
Todas essas informações foram reunidas com base na experiência prática da Advogada Gloria Hermsdorf, que atua com a legalização de brasileiros na Alemanha, e têm como objetivo garantir que seus direitos durante a gravidez, licença e maternidade sejam conhecidos e respeitados.

Proteção trabalhista para gestantes na Alemanha: entenda seus direitos
Uma das dúvidas mais frequentes entre mulheres grávidas que vivem na Alemanha é: existe proteção contra demissão durante a gravidez, como no Brasil? A resposta é sim — e esse direito é garantido por lei.
Na prática, muitas gestantes ainda enfrentam o medo de perder o emprego ao comunicar a gravidez ao empregador. Infelizmente, isso acontece tanto no Brasil quanto na Alemanha. Recebo frequentemente relatos de mulheres que foram demitidas logo após anunciarem a gestação. O que muitas não sabem é que a legislação alemã oferece proteção jurídica sólida durante e após a gravidez.
Assim como no Brasil, onde a mulher não pode ser demitida após informar a gestação, na Alemanha essa proteção também existe. A partir do momento em que a gravidez é comunicada ao empregador, a mulher não pode ser demitida — e essa estabilidade se estende até quatro meses após o nascimento da criança.
No entanto, vale um alerta importante: essa proteção não é absoluta. Se a funcionária grávida comete uma infração grave, como um crime dentro da empresa, ela pode sim ser demitida por justa causa. Mesmo nesses casos extremos, a demissão só pode ocorrer com a autorização expressa de uma autoridade competente alemã.
Saber desses direitos é essencial para agir com segurança e consciência. A legislação existe para proteger a maternidade — e garantir que nenhuma gestante sofra discriminação no ambiente de trabalho por estar esperando um filho.
Quando informar a gravidez ao empregador na Alemanha?
Uma dúvida muito comum entre gestantes que vivem na Alemanha é: quando devo informar meu empregador que estou grávida? A boa notícia é que a legislação alemã oferece flexibilidade nesse momento delicado, mas também impõe responsabilidades que você precisa conhecer.
Ao descobrir a gravidez, você não é obrigada a informar imediatamente. Na Alemanha, muitas mulheres optam por esperar até o terceiro mês de gestação — quando a gravidez já é considerada mais segura — para comunicar o empregador. Esse é um comportamento comum e legalmente aceito.
No entanto, se você for demitida antes de informar oficialmente a gestação, ainda assim poderá estar protegida. Ao comunicar a gravidez após o recebimento da carta de demissão, a empresa tem a obrigação de reconsiderar a decisão. Caso isso não aconteça, a recomendação é buscar suporte jurídico o quanto antes.
A proteção jurídica existe e é válida mesmo se a demissão ocorrer antes da comunicação oficial da gravidez. Nesses casos, a gestante pode apresentar uma petição trabalhista no tribunal, contestando a demissão com base em seus direitos legais. Mas atenção: o prazo para entrar com essa ação é de apenas três semanas após o recebimento da demissão. Perder esse prazo pode significar abrir mão da proteção garantida por lei.
Embora o prazo para informar o empregador seja flexível, não é aconselhável deixar para avisar muito tarde. Por isso, informe a gestação assim que se sentir segura. Dessa forma, você garante seus direitos e evita surpresas desagradáveis no ambiente de trabalho.
Porque informar o empregador é essencial para sua saúde e segurança
Ao descobrir a gravidez, é importante que você informe seu empregador o quanto antes — especialmente se você desempenha atividades de risco no ambiente de trabalho. A sua saúde como gestante é protegida por lei na Alemanha, e medidas preventivas devem ser adotadas assim que a sua gravidez for comunicada.
Muitas funções exercidas por mulheres grávidas envolvem esforço físico prolongado ou exposição a substâncias perigosas. É comum que se trabalhe em restaurantes, sorveterias ou depósitos, onde se permanece em pé por longos períodos ou se carrega peso. Também há casos de trabalho em laboratórios, com manipulação de produtos químicos. Nessas situações, medidas de segurança devem ser tomadas imediatamente após a gestação ser comunicada.
Ao informar a gravidez, a trabalhadora deve ser realocada para uma função mais segura, sempre que o ambiente de trabalho apresentar riscos. Por exemplo, tarefas que envolvam limpeza pesada ou levantamento de peso devem ser evitadas. Se for o caso, um novo posto deve ser providenciado pelo empregador, sem atividades que exijam esforço físico.
Da mesma forma, se houver exposição a produtos químicos, uma transferência para uma função livre desse contato deve ser feita. Isso porque os riscos à saúde da gestante e do bebê são amplamente reconhecidos — e a legislação trabalhista alemã exige que o ambiente de trabalho seja adaptado às novas condições da funcionária.
Portanto, para garantir a sua segurança e exercer seu direito à saúde durante a gravidez, a comunicação ao empregador deve ser feita assim que possível. Só assim os ajustes necessários poderão ser exigidos e fiscalizados legalmente.
Licença maternidade obrigatória na Alemanha: o que diz a lei sobre o período de afastamento
Na Alemanha, um período obrigatório de afastamento do trabalho é garantido por lei para todas as gestantes. Esse intervalo, conhecido como Mutterschutzfrist (período de proteção à maternidade), deve ser respeitado integralmente, tanto antes quanto depois do parto.
Seis semanas antes da data prevista para o parto, o trabalho deve ser interrompido. Durante esse tempo, a gestante deve permanecer em casa, sem exercer nenhuma atividade profissional — a menos que, por vontade própria, decida continuar trabalhando. Essa exceção só é válida se não houver riscos à saúde da gestante e do bebê, e nunca pode ser imposta pelo empregador.
Após o parto, o retorno ao trabalho é expressamente proibido por oito semanas, podendo esse prazo ser estendido para 12 semanas no caso de partos múltiplos, como gêmeos. Nesse período, nenhuma atividade profissional pode ser desempenhada, mesmo que haja desejo por parte da mãe. A proteção visa garantir a recuperação da mulher e os cuidados iniciais com o recém-nascido.
Além disso, a demissão continua vetada durante toda essa fase, reforçando o compromisso da legislação alemã com a proteção à maternidade. Qualquer tentativa de retorno ao trabalho deve partir exclusivamente da gestante, jamais sendo exigida ou incentivada pelo empregador.
Portanto, o afastamento pré e pós-parto deve ser respeitado como direito legal e proteção à saúde da mãe e do bebê. Garantir esse tempo é essencial — e obrigatório — para uma gestação segura e um pós-parto saudável.
Elternzeit na Alemanha: como funciona a licença maternidade e paternidade
Na Alemanha, a licença maternidade e paternidade é regulamentada sob o nome de Elternzeit — um direito garantido por lei que pode ser exercido tanto pela mãe quanto pelo pai. Esse período pode se estender por até três anos após o nascimento do bebê, oferecendo flexibilidade e equilíbrio na divisão das responsabilidades parentais.
Por meio do Elternzeit, o afastamento do trabalho pode ser solicitado por ambos os pais. A forma como o tempo é dividido é determinada pelo casal, de acordo com suas necessidades e preferências. Pode ser decidido que um dos pais se afaste por um ano enquanto o outro continua trabalhando, e depois os papéis são invertidos. Também é possível que ambos se afastem simultaneamente, por um período combinado — como seis meses ou até um ano juntos.
Independentemente da escolha, o direito ao afastamento é garantido por lei. O Elternzeit pode ser solicitado de forma contínua ou em períodos fracionados, desde que dentro do limite de três anos após o nascimento da criança. Durante esse tempo, o vínculo empregatício é mantido e a demissão não é permitida, exceto em casos extremamente específicos e mediante autorização legal.
Dessa forma, a conciliação entre trabalho e criação dos filhos é incentivada na Alemanha, permitindo que tanto mães quanto pais participem ativamente dos primeiros anos de vida da criança.
Licença paternidade na Alemanha: é possível solicitá-la mesmo se a mãe estiver desempregada?
Uma dúvida frequente entre pais que vivem na Alemanha é se o direito à licença paternidade pode ser garantido mesmo quando a mãe da criança está desempregada. A resposta é sim — o pai continua tendo direito à licença paternidade, independentemente da situação profissional da mãe.
No entanto, para que o período de afastamento seja concedido, a solicitação deve ser feita com antecedência ao empregador. Esse pedido precisa ser formalizado por escrito — geralmente por meio de uma carta entregue pessoalmente ou enviada por correio — e uma confirmação escrita do empregador deve ser recebida, validando o período solicitado.
É essencial que o processo seja bem planejado. Muitos pais optam por solicitar o Elternzeit já estipulando dois ou três anos de afastamento, o que é permitido por lei — desde que o aviso prévio seja respeitado. Nesses casos, o empregador é obrigado a conceder o tempo solicitado.
Por outro lado, quando apenas um ano é inicialmente requerido e, posteriormente, uma prorrogação é desejada, a renovação dependerá da aprovação do empregador. Se a autorização não for concedida, a continuidade da licença pode ser comprometida, causando transtornos à família.
Por isso, um planejamento familiar deve ser feito desde o início, com diálogo claro entre os pais e comunicação direta com o empregador. Dessa forma, a licença maternidade ou paternidade poderá ser aproveitada com mais tranquilidade, sem imprevistos legais ou trabalhistas.
Proteção contra demissão durante a licença maternidade ou paternidade na Alemanha
Na Alemanha, um ponto essencial muitas vezes desconhecido é que a demissão durante o período de licença maternidade ou paternidade é proibida por lei. Uma proteção jurídica é automaticamente aplicada assim que o Elternzeit (licença parental) é oficialmente reconhecida, garantindo segurança no vínculo empregatício durante esse período.
Um caso recente que a Advogada Gloria Hermsdorf atendeu ilustra bem como essa proteção deve ser observada. Um pai, cuja esposa estava desempregada e prestes a dar à luz, solicitou a licença paternidade ao seu empregador. O pedido foi enviado formalmente por e-mail, em várias tentativas, mas nenhuma confirmação foi recebida. O empregador, ao invés de responder, acabou emitindo uma carta de demissão.
Nesse tipo de situação, a confirmação da Elternzeit deveria ter sido emitida pelo empregador, e com isso, a proteção contra demissão teria sido automaticamente ativada. Como o documento não foi fornecido, a demissão foi executada de forma irregular, gerando consequências legais.
Foi necessária a abertura de uma ação judicial, e no processo, ficou comprovado que a falha não partiu do funcionário, mas sim da ausência de resposta por parte do empregador. A demissão foi anulada, e o funcionário foi reintegrado ao trabalho — com o direito à licença paternidade garantido.
Esse caso reforça a importância de que todo pedido de Elternzeit seja feito por escrito e com protocolo de recebimento. Caso a confirmação não seja enviada, um acompanhamento jurídico deve ser considerado imediatamente.
A proteção contra demissão durante a licença é um direito legal na Alemanha — e precisa ser respeitado por todos os empregadores, independentemente da situação familiar do funcionário.
Licença parental de até 3 anos na Alemanha: como o tempo pode ser dividido entre mãe e pai
Na Alemanha, um período de até três anos de licença parental (Elternzeit) pode ser concedido por nascimento. Essa licença pode ser utilizada exclusivamente pela mãe, exclusivamente pelo pai, ou dividida entre os dois, de acordo com as necessidades e preferências da família.
Na prática, o tempo de afastamento costuma ser distribuído de forma flexível. É permitido que a mãe retorne ao trabalho após alguns meses e que o restante da licença seja utilizado pelo pai. Situações como essa, embora menos comuns, já aconteceram na experiência da Advogada Gloria Hermsdorf — inclusive em casos em que o pai permaneceu em casa por mais de dois anos, enquanto a mãe, em posição de liderança, optou por voltar à rotina profissional mais cedo.
Mesmo nesses casos, a amamentação foi garantida, com a criança sendo levada até o local de trabalho para que a mãe pudesse alimentar o bebê. A legislação alemã permite essa organização, desde que respeitadas as regras da Elternzeit e os prazos legais para solicitação e aprovação da licença.
De forma geral, o cenário mais comum envolve a mãe permanecendo um ano em casa, seguido por um período de licença do pai que pode durar de seis meses a um ano. No entanto, a divisão do tempo é livremente ajustável e deve ser acordada entre os pais e comunicada aos empregadores dentro dos prazos exigidos.
Vale lembrar que, por lei, as seis semanas antes e as oito semanas após o parto são obrigatoriamente reservadas à mãe. Nesse período, a mulher não pode trabalhar, deve receber salário integral e não pode ser demitida sob nenhuma circunstância. Esses prazos são protegidos por lei e não podem ser reduzidos ou substituídos.
Portanto, até três anos de licença podem ser utilizados, desde que a organização seja feita de forma correta e legal. O planejamento e a comunicação clara com o empregador são fundamentais para garantir todos os direitos previstos na legislação alemã.
Como funciona o pagamento durante a licença maternidade e paternidade na Alemanha?
Uma dúvida frequente entre gestantes e pais na Alemanha é sobre o valor que será recebido durante o período de licença. Para isso, uma proteção financeira é garantida por meio do sistema de saúde e pela legislação trabalhista.
Durante o período de seis semanas antes e oito semanas após o nascimento do bebê, o pagamento é assegurado por meio do Mutterschaftsgeld (auxílio maternidade). Para que esse benefício seja liberado corretamente, a gravidez deve ser comunicada ao seguro de saúde assim que confirmada, incluindo a data prevista para o parto.
O valor pago é calculado com base na média salarial dos últimos três meses antes do afastamento. Por lei, até 13 euros por dia são pagos diretamente pelo seguro de saúde, e a diferença é complementada pelo empregador, garantindo que o salário líquido recebido nesse período seja igual ao valor habitual antes da licença.
Passadas as oito semanas do pós-parto, o pagamento passa a ser realizado por meio do Elterngeld (auxílio parental), que pode ser solicitado pela mãe ou pelo pai. O valor desse auxílio também é calculado com base nos salários anteriores e é pago pelo Estado alemão.
No entanto, uma nova regra foi implementada: famílias com renda anual superior a 175 mil euros não têm mais direito ao Elterngeld. Essa alteração foi vista com críticas por parte de famílias de alta renda, que anteriormente podiam contar com o auxílio mesmo com salários elevados. Agora, nesses casos, nenhuma remuneração será recebida após o período inicial de proteção, e os custos devem ser cobertos com recursos próprios.
Por isso, é fundamental que todas as etapas sejam comunicadas formalmente ao seguro de saúde e ao empregador, garantindo que os direitos sejam assegurados sem interrupções.
Elterngeld na Alemanha: por quanto tempo o auxílio parental pode ser recebido?
Na Alemanha, o Elterngeld é pago pelo Estado como uma forma de apoio financeiro para pais que ficam em casa cuidando de seus filhos recém-nascidos. Esse auxílio é voltado para pessoas que interrompem ou reduzem significativamente sua carga de trabalho para se dedicar ao cuidado da criança.
Por padrão, o Elterngeld é pago durante um período de 12 meses, podendo ser estendido para até 14 meses. Durante esse período, é exigido que o beneficiário não esteja trabalhando, ou que a jornada semanal não ultrapasse 30 horas. Caso esse limite seja excedido, o pagamento do Elterngeld é interrompido. Além disso, é necessário comprovar que a criança está sendo cuidada em casa — embora sejam permitidos cuidados terceirizados parciais, como algumas horas por semana em Tagesmutter ou com babás, desde que a maior parte do tempo a criança permaneça sob os cuidados diretos dos pais.
O valor do Elterngeld é calculado com base na média salarial dos últimos meses antes da licença, e varia entre 300 e 1.800 euros mensais, representando cerca de 65% da renda líquida anterior. Após o término do pagamento do Elterngeld — seja com 12 ou 14 meses —, é comum que os pais retornem ao trabalho e passem a receber novamente o salário habitual.
É importante destacar que o direito ao Elterngeld é excluído para pessoas com renda anual superior a 175 mil euros, conforme as novas regras em vigor. Essa limitação foi introduzida recentemente e afeta famílias de alta renda, que antes também podiam acessar o benefício.
Para garantir o recebimento do Elterngeld, a solicitação deve ser feita com antecedência, junto ao órgão responsável do Estado federal onde a família reside, e toda a documentação exigida precisa ser apresentada corretamente.
Auxílio do seguro de saúde na gravidez: ajuda doméstica pode ser custeada na Alemanha
Na Alemanha, poucas mulheres sabem que o seguro de saúde pode arcar com os custos de uma ajuda doméstica durante a gravidez — especialmente em casos em que a gestante está temporariamente incapacitada para realizar tarefas do dia a dia.
Esse benefício é previsto quando a gravidez é considerada de risco ou quando atividades como pegar peso ou realizar esforço físico são desaconselhadas por recomendação médica. Nesses casos, um auxílio financeiro pode ser concedido pelo seguro de saúde, permitindo que uma terceira pessoa seja contratada para ajudar nas tarefas domésticas.
O pagamento é feito diretamente pelo seguro de saúde à pessoa contratada, que pode ser profissional ou não, desde que a contratação seja devidamente documentada.
Para que o auxílio seja liberado, um atestado médico deve ser apresentado, comprovando que a gestante está impossibilitada de realizar atividades domésticas durante aquele período específico da gravidez. Com base nesse documento, o plano de saúde poderá aprovar o pedido e efetuar os pagamentos correspondentes.
É importante que essa solicitação seja feita o quanto antes, assim que a limitação física for identificada. Muitas famílias pensam inicialmente em trazer parentes do Brasil para ajudar, mas saber que esse suporte pode ser financiado localmente pelo seguro de saúde traz uma alternativa prática e legal, sem custos adicionais para a família.
Como solicitar o visto de ajuda humanitária para trazer um familiar do Brasil durante a gravidez na Alemanha
Durante a gravidez ou em situações de necessidade extrema, a possibilidade de trazer um familiar do Brasil para ajudar pode ser considerada uma solução importante — especialmente para mulheres que vivem na Alemanha sem rede de apoio local.
Na Alemanha, o visto de ajuda humanitária pode ser solicitado por gestantes ou mães em situação de vulnerabilidade. Esse visto permite que um parente próximo, como um dos pais ou irmãos da gestante, permaneça legalmente no país por um período determinado para oferecer apoio físico e emocional.
Para que esse visto seja concedido, um atestado médico poderá ser apresentado, demonstrando que há necessidade de ajuda durante a gestação ou no período pós-parto. Também poderá ser incluída uma carta explicando a situação pessoal, o número de filhos, as dificuldades enfrentadas e a ausência de rede familiar na Alemanha.
Esse tipo de visto é analisado caso a caso pelas Autoridades de Estrangeiros (Ausländerbehörde), e a duração da estadia poderá variar entre três meses a até um ano, dependendo da necessidade comprovada. Em muitos casos, o visto também poderá ser renovado, desde que se mantenham os critérios que justificaram sua concessão inicial.
Embora brasileiros possam permanecer legalmente por até 90 dias na Alemanha sem visto, a extensão da estadia além desse período requer a solicitação formal do visto de ajuda humanitária. Por isso, recomenda-se que o pedido seja feito ainda durante os primeiros meses da visita, caso haja intenção de prolongar a permanência do familiar.
Há relatos de que esse tipo de visto também tem sido concedido em outras situações delicadas, como no caso de doenças graves. Por exemplo, quando uma estudante universitária brasileira foi diagnosticada com câncer, sua mãe teve a permanência autorizada com base no visto de ajuda humanitária, a fim de apoiá-la durante o tratamento, mesmo enquanto ela continuava frequentando a universidade.
Portanto, trazer um parente para ajudar durante a gravidez ou em circunstâncias especiais é, sim, possível na Alemanha — desde que os requisitos sejam atendidos e a documentação adequada seja apresentada.
Assessoria jurídica para vistos e regularização na Alemanha: saiba com quem contar
Para quem está planejando morar na Alemanha ou deseja trazer familiares para o país, o apoio jurídico adequado deve ser considerado essencial. Por isso, o suporte especializado tem sido oferecido pela Advogada Gloria Hermsdorf, profissional reconhecida pela atuação em processos de legalização de residência e vistos.
A regularização da situação migratória, incluindo a obtenção de vistos e o suporte em questões trabalhistas, como contratos de trabalho e rescisões, é feita com segurança e profissionalismo. Muitos brasileiros têm sido auxiliados pela Glória ao longo de suas jornadas na Alemanha, o que tem proporcionado mais tranquilidade durante o processo de adaptação no país.
Além de prestar consultoria jurídica individualizada, a advogada Gloria Hermsdorf posta sempre conteúdos valiosos no perfil dela no Instagram, com dicas práticas sobre legislação alemã, processos de visto e direitos dos trabalhadores estrangeiros.
Agende uma consulta com a especialista em direito migratório e trabalhista na Alemanha.
Com anos de experiência, Glória tem auxiliado brasileiros a obter vistos, entender seus direitos e resolver questões legais com segurança.
